quarta-feira, 31 de dezembro de 2014

Baú do Bellotti - Os Baixinhos Frenéticos

Vivíamos o ano de 1979, o Santo André, campeão Paulista de 1975 e finalista de 1976 não conseguiu editar boas campanhas em 1977 e 1978, com dificuldades financeiras para formação de um time. Porém em 1979 o time teve uma campanha destacada na disputa do Campoenato Paulista.

O time era comandado pelo experiente Sylvio Pirillo que teve destaque como técnico nas equipes cariocas. Tem uma marca importante na sua carreira, em 1957 foi técnico da seleção brasileira de futebol e foi o primeiro a convocar Pelé, para a Copa Roca. Pirillo a época tinha 63 anos e comandou um time que marcou época no Ramalhão.

O time se destacou pelo quadrado do meio campo, que em muitas vezes se transformava em um losango, cujos jogadores não passavam de 1,65m de altura. Eram os chamados "baixinhos frenéticos". O quadrado começava com Fernandinho, ou Fernado Luiz Campanholi, volante, à época com 28 anos era o mais experiente dos quatro. Arnaldo, um meia de muita habilidade, surgia da base, com 19 anos e começava uma história de muito sucesso no time Andreense. Cunha, também na casa dos 30 anos, que por muitos anos foi ídolo do Botafogo de Ribeirão Preto e Da Silva, atacante de 21 anos. Esse time compensava a baixa estatura de seus jogadores com muita habilidade e um futebol de qualidade.

Os jogadores comentavam o fato de uma maneira mais descontraída.

Fernandinho destacava "A gente toca a bola e deixa o adverário desesperado, correndo como barata tonta. Não somos os maiores, mas podemos ser os melhores." Arnaldo também brincou com o fato: "Se tenho problemas com a minha altura? Não. E o Amaral, do Corinthians, que o diga. no amistoso que fizeram aqui há pouco tempo não conseguiu me parar uma única vez. Marquei dois gols. É uma boa prova? " Cunha também se defendia; "O tamanho de um homem está na sua inteligência, e não no seu corpo". Da Silva decretava: "Pelo alto não pego nada, mas por baixo sou mais eu".

Eles contavam inúmeras ameaças de adversários, além de intimidações pela baixa estatura. Se por um lado os pontas andreenses não viam opções quando chegavam ao fundo para o cruzamento na área, o time demonstrava um toque de bola refinado, levava a bola ao gol adversário com maesrtia desse quarteto, que ainda tinha a figura de outro baixinho, o meia Bona.

Esse time em 1979 disputou 39 jogos válidos pelo Campeonato Paulista, com 18 vitorias , 10 empates e 11 derrotas, marcando 51 gols e sofrendo 32. Destaque para a goleada de seis a zero contra o Paulista em Jundiaí. O que marcou essa ano fois a fase final, disputada entre Taubaté, São José, Esportiva de Guaratinguetá e Santo André, marcada por muita violência dentro e fora de campo.

Marcelo Alves Bellotti

quarta-feira, 24 de dezembro de 2014

Entrevista: Tassio fala da Copa SP

O ano chega ao final, mas a base do Ramalhão segue o seu trabalho firme na preparação para a Copa São Paulo de Futebol Junior. Em 2015, o Ramalhinho vai disputar a competição no mês de Janeiro, a partir do dia quatro. A equipe Andreense figura no Grupo Z, com sede em São Paulo.

O primeiro jogo será disputado as dezesseis horas do dia quatro de Janeiro contra o Figueirense, no Estádio Conde Rodolfo  Crespi, a Rua Javari, em São Paulo. O segundo jogo será contra o Juventus, na quarta-feira dia sete de Janeiro as quatorze horas. O terceiro jogo, que fecha a primeira fase será disputado no sábado, dia dez de Janeiro as quatorze horas contra o Tarumã, time do Amazonas.

Para o comando técnico do Ramalhinho, foi escolhido Tassio Ferreira, formado nas categorias de base do clube e que já venceu a Copa São Paulo em 2003, fazendo inclusive um gol na final. Como profissional foi campeão da Copa FPF (atual Copa Paulista) e vice-campeão Brasileiro da série C em 2003 e Campeão da Copa do Brasil em 2004. Iniciou sua carreira como técnico ano passado, dirigindo o sub 17 no Campeonato Paulista e posteriormente assumindo o comando do Sub 20, levando o time até as quartas de final do campeonato.

Tassio - Foto: Fabricio Cortinove
Conversamos com o técnico Tassio sobre a Copa São Paulo, suas expectativas com as mudanças no elenco, já que não pode contar com os jogadores que se destacaram no Paulistão, como o lateral Carlinhos, o volante Dudu, o meia Lucas Gomes e o atacante Pedro. Confir a entrevista:

Qual a sua expectativa para a competição?
Tassio: A expectativa e fazer uma excelente Taça São Paulo, que e o normal, e jogar como se fosse uma copa do mundo de juniores...

Com relação a filosofia para a base, como está a formação de jogadores do Santo André?
Tassio: A filosofia do Santo André na base sempre sera de revelar. No Santo André, se faz a lapidação do atleta, trabalhamos para melhorar suas deficiências na parte atleta porfissional, mas também não deixamos de mostrar que a existe uma vida fora do futebol , aonde precisamos ter dignidade, caráter, porque tudo está interligado, juntando todas essas questões. Aqui se forma, se revela mesmo, pode ter em vista tantos jogadores que hoje brilham no futebol nacional e internacional oriundos das categorias de base andreense, e com certeza uma nova safra vitoriosa ja esta se formando, que já podemos ver: (Guilherme) Garre, Jean, Lucas Gomes, Carlinhos, Pedro, Dudu, Paulo, Vinicius Silveira e muitos outros. O trabalho e árduo, mas veremos os resultados que com certeza colocarão o Santo Andre na vitrine do Futebol brasileiro novamente..

O que você acha do grupo, as chances de classificação do time?
Tassio: Estamos num encaixe de um novo time devido a Federação Paulista não permitir que o atleta que tenha 20 anos jogar, (que eu acho um erro da Federação, porque desqualifica a Copa). Temos uma base boa de 95 96 97. É um time competitivo, aonde temos uma grande oportunidade de mostrar o nosso futebol. Esse time e mais força , mais taticamente... e quanto as nossas chances,  acredito que passa muito pelo primeiro jogo. Vamos em busca da vitoria contra o Figueirense, para depois pensarmos no Juventus, e depois pensamos no Tarumã, todo jogo e uma final, vamos de degrau em degrau.

Marcelo Alves Bellotti

segunda-feira, 22 de dezembro de 2014

Tem gente chegando...

O Rio Claro anunciou nesta sexta-feira a contratação de Vinicius Bovi. Apesar de ter declarado em reportagem do Diário do Grande ABC no dia 12 que apenas esperava os dirigentes o chamarem para assinar o contrato com o Ramalhão, o atleta já se apresentou e treina com seus novos companheiros em Rio Claro.

De novidade no Ramalhão temos os nomes de Tobi, que pode ser volante ou zagueiro e o meia Helton Luiz, destaque da última série A2 jogando pelo São Bento, onde marcou nove gols e ajudou o time de Sorocaba a conseguir o acesso. Depois disputou a série B do Brasileiro com o Oeste e terminou o ano disputando a série C com o São Caetano.

São boas as contratações, porém o atraso no planejamento como no ano passado pode levar o time a mesma decepção de 2014, quando o time não conseguiu o acesso. O time Andreense tem uma boa base e entra na competição com boas chances de acesso.

Marcelo Alves Bellotti

quarta-feira, 17 de dezembro de 2014

TJD pune Santo André

O Tribunal de Justiça Desportiva da Federação Paulista de Futebol se reuniu em sessão realizada no dia 15/12/2014 e seus auditores resolveram punir o atleta do EC Santo André Muller Fernandes por uma partida, pelo art 258 (ofensas morais) e por infração ao art. 191-I c/c art. 213-I, condenaram o EC.Santo André na multa de R$ 1.000,00 e na perda do mando de campo de 1 partida.

A perda de mando de campo se refere a utilização de sinalizadores no primeiro jogo da final da Copa Paulista, disputado no Estádio Anacleto Campanella cotra o Botafogo de Ribeirão Preto. O jogo terminou com um empate em um a um e atendendo a uma determinação da Federação Paulista de Futebol datada de Fevereiro de 2013, paralisou o jogo temporariamente, comunicou ao delegado da partida e ao policiamento e fez constar na súmula do jogo.

A pena prevista por essa infração é de multa de R$100 a R$100 mil e a perda de mando de campo de uma a dez partidas. Caso o clube identifique o autor do disparo e encaminhá-lo a delegacia e registrar um boletim de ocorrência pode escapar das punições.


A discussão é ótima, pois envolve festas na arquibancada e lutas contra ou a favor da proibição do uso de fogos e sinalizadores nos estádios. Hoje temos uma campanha entre torcedores entitulada "Pirotecnia não é crime" que é citada em todas as discussões a esse respeito. Essa campanha se apóia na Constituição, quando cita o direito a propriedade privada e de liberdade individual e contra com o apoio de vários torcedores e torcidas, hoje podemos ver vários movimentos de apoio a esses espetáculos.

O fato é que a medida veio após a morte do garoto na Bolívia, por um mal uso de sinalizadores. Alias, todas essas discussões e proibições vem do mal uso dos recursos que deveriam ser utilizados somente para deixar o espetáculo bonito. Um exemplo disso é o jogo onde a torcida para um ataque com sinalizadores. 


Sei que isso é um ponto fora da curva, e que casos como esse, ou como do menino boliviano que morreu no jogo da Libertadores são a exceção, porém esses fatos é que justificam as proibições. Obviamente que o espetáculo fica mais vistoso com os efeitos pirotécnicos, e que pirotecnia realmente não é crime, mas o que observamos nos nossos estádios é que o comportamento de festa muda radicalmente quando o time está perdendo, partindo de festa para agressão em questão de minutos, como mostra essa outra imagem...

Acho que a solução está no diálogo... o Estado de São Paulo é um dos únicos da Federação onde torcedor não pode entrar no campo com bandeiras com mastro, onde a repressão do aparelho policial parece estar mais presente. Estádios de futebol representam a manifestação popular e devem estar sempre preparados para que seus eventos sejam festivos. Porém tudo isso necessita de bom senso e punição as exceções, e não somente repressão sem diálogo. 

Vamos acompanhar o desdobramento dessa punição, se haverá recurso ou não e como ficará esse caso, pois o time Andreense conseguiu esse ano a vantagem de dez mandos contra nove dos últimos anos devido a sua colocação no último campeonato. 

Copa do Brasil - Adversário definido

A CBF divulgou ontem os confrontos da  Copa do Brasil em 2015. O Esporte Clube Santo André participa da competição por ter sido campeão da Copa Paulista em 2014.

No sorteio ficou definido que o primeiro adversário do Ramalhão será o Goiás. Datas e locais serão definidos posteriormente. O primeiro confronto será de mando do Santo André e vale o regulamento que já é tradicional na Copa do Brasil. Derrota por dois gols ou mais de diferença eliminam o jogo de volta.

Em 2013 houve o confronto também válido pela Copa do Brasil. Nessa época, o time Andreense se preparava para a disputa da série B e ja havia eliminado o Veranópolis na primeira fase em dois jogos. Para o jogo contra o Goiás a expectativa era boa, mas o time não conseguiu passar, sendo derrotado no Bruno José Daniel e no Serra Dourada.

Mas o jogo no Brunão teve seus lances de emoção. Após um pênalti bem cavado pelo centroavante Fabio Santos (Conhecido pela torcida andreense como "Pinogol") Elvis fez um a zero. Valter (o gordinho) empatou de fala ainda no primeiro tempo. No segundo tempo, Sasha marcou dois gols e aos 30 do segundo tempo o placar mostrava 3 a 1 pro Goiás e a ameaça se não haver segundo jogo. Até que nos acrescimos veio o gol de Gustavinho que apesar da derrota, fez com que a torcida festejasse a realização do segundo jogo. Confira

Caso supere o Goias os confrontos do Ramalhão serão conforme abaixo. As datas, horários, previsão de transmissão, etc, serão definidas posteriormente pela CBF

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Marcelo Alves Bellotti

sábado, 13 de dezembro de 2014

Vinicius Bovi reforça o Ramalhão


Visando a disputa da A2 em 2015 o Santo André começou a se reforçar! Contratou o lateral direito Vinicius Bovi que disputou a Copa Paulista pelo XV de Piracicaba.

Bovi tem 32 anos e chega para reforçar o setor direito de defesa do Ramalhão que não deve contar com Alex Travassos, que não fez um bom campeonato e não deve continuar na equipe.



O lateral direito é experiente, estava no XV desde 2010, com passagens por Mogi Mirim em 2012 e Avaí em 2013. 



O presidente do clube Jairo Livolis afirmou que ainda procura mais reforços para a temporada 2015 e que a torcida terá novidades nos próximos dias.



Marcelo Alves Bellotti 

quinta-feira, 11 de dezembro de 2014

Ricardo Goulart, a jóia rara da base do Ramalhão

Um dos destaques das três últimas edições do Campeonato Brasileiro, o atacante Ricardo Goulart, hoje no Cruzeiro e formado na base do Ramalhão vem sendo a principal revelação da base andreense nos últimos anos. Essa base que a partir do final da década de 90 e os anos 2000 que fizeram com que o time Andreense se sagrasse campeão da Copa São Paulo de Futebol Juniores. 

Goulart teve uma participação muito boa na base do Ramalhão. Descoberto pelo Baroninho, o jogador aos poucos foi se destacando pela facilidade de marcar gols. Hoje, ao analisarmos seu desempenho, vemos que ele se destaca pelas finalizações e pelos gols, não sendo o seu forte as assistências. 

Como definidor de jogadas teve um início muito destacado no torneio Cittá de Torino, disputado na Italia, onde o time Andreense foi derrotado na semi final para o santos com dois gols de Paulo Henrique Lima, hoje no São Paulo.



Depois do torneio, a estréia no time profissional não foi a esperada. Em 2009 o time fez uma campanha regular no Paulistão, quando Goulart apareceu pela primeira vez e já marcou seu primeiro gol contra o Ituano, mas pelo fato do time disputar a série A do brasileiro, a estratégia adotada foi a de contratações de nomes para o meio campo e ataque, impossibilitando uma sequência de jogos, além da ótima fase de Junior Dutra, que subia também da base e geralmente figurava no time titular.

Com o rebaixamento em 2009 e a contratação um novo técnico e uma nova diretoria, foi formado um elenco muito forte, baseado em nomes como Bruno Cesar e Rodriguinho, que já estavam no clube um ano antes. Ainda assim, Ricardo Goulart não teve muitas oportunidades, sendo preterido pelo meia Pio, quando ocorreu a contusão de Branquinho. Mas Ricardo Goulart deixou sua marca no time que se sagrou vice campeão Paulista, com um gol em Presidente Prudente contra o Grêmio Barueri (em meio a mudança de nome para Grêmio Prudente). 

No final do campeonato, veio um empréstimo ao Inter de Porto Alegre e a partir daí todos conhecem. Ainda hoje, Clemer e toda a base do Inter afirmam ter formado o jogador alegando que trabalhou o jogador na sua base quando ele chegou do Ramalhão.

Hoje, Ricardo Goulart é apontado como um jogador moderno. Eficiente na marcação, com um poder de finalização muito bom e goleador, garantiu prêmios como o melhor meia da seleção da CBF, Bola de Prata como melhor meia da revista Placar e Bola de Ouro do campeonato brasileiro de 2014. Um fato que deve servir de estímulo a todos os jogadores da base Andreense. O trabalho da base pode não ser o mesmo de estruturas enormes como as dos times de maior torcida, tudo vai depender da maneira como os jogadores encaram seus desafios. 

Parabéns Ricardo Goulart, #BasedoSantoAndré... pela Bola de Ouro.

Marcelo Alves Bellotti

quarta-feira, 10 de dezembro de 2014

Enir - Um jogador "das antigas".

Ontem fui surpreendido com a morte de Enir Ghirelli, ou simplesmente Enir, que jogou no Santo André Futebol Clube no período entre 1968 a 1970. Enir nasceu em Santo André no dia 12 de agosto de 1945 e faleceu ontem, dia 9 de dezembro, vítima de câncer.

Enir foi um fundador do Esporte Clube Santo André, estava presente desde o primeiro jogo treino. O Santo André Futebol Clube nasceu de uma iniciativa da união dos clubes amadores de Santo André, que cederam o que tinham de melhor para a formação de um elenco profissional.

Primeiro treino do santo André FC
Esse primeiro jogo treino comandado por Manga, no estádio da Laminação marcou a primeira escalação do Santo André, que formou com Carioca, Zé Roberto, Baltazar, Azeitona e Alberto; Cuca e Enir; Fioti, Mauro, Dirceu e Rodolfo.

Enir jogou no Ouro Verde Popular desde os 13 anos. Lá atuou pelo infantil, juvenil e principal. Depois chegou ao Santo André por um convite "Eles chamaram o Manga, ex-goleiro do Santos. Senti firmeza e pensei, "vou"".

O meia ganhou espaço no time titular e disputou o primeiro jogo da história do clube. O jogo aconteceu no aniversário da cidade, no dia 08 de abril de 1968 e terminou com a vitória do Ramalhão pelo placar de 2 a 1. Esse jogo fez Enir entrar definitivamente na história do clube ao marcar o primeiro gol da história do Santo André Futebol Clube.

Pelé no jogo 1º jogo do Ramalhão
Então, após receber a bola do centroavante, Enir dominou a bola de pé direito, apesar de ser canhoto, cortou o volante adversário com um drible curto e ao invés de bater cruzado, como sempre fazia, chutou seco, em paralelo... o chute levantou cal das linha do gramado... era o primeiro gol da história do time Andreense e o time fazia um a zero no poderoso Santos. Pelé acompanhava tudo na arquibancada do Estádio Américo Guazelli, o mesmo palco do primeiro gol da sua carreira. Ao final do jogo o Rei do futebol declarava "Esse time tem futuro..."

Enir conta que nesse jogo o time do Santo André jogou de camisa branca, com listas vermelhas e verdes. No fim do jogo, um garoto lhe pediu a camisa e ele entregou... depois se deu conta que não havia outra. O time então passou a jogar de camisa amarela.

Contador de histórias, Enir foi uma pessoa extremamente divertida e sempre nos brindou com casos fantásticos sobre essa época. Na nossa pesquisa houve um jogo inacabado contra o Minister, de Santo Amaro. Perguntamos a ele o que aconteceu nessa partida, pois o árbitro terminou o jogo por falta de condições de segurança após expulsar quatro jogadores do Minister. A versão do Enir foi a seguinte:

Enir
- "Nós combinamos que iaos fazer o gol e depois íamos só bater. Aí acontece que teve um entevero na área deles, tinha um central que tinha batido muito no Nilo, que era nosso centroavante, ele pisou no joanete do Gaúcho. O Gaúcho ja tava "no veneno" e aí começou. Começou mais eles correram já... e se enfiaram pelo túnel do Corinthinha e não voltaram mais... abandonaram o campo.

-"Se o juiz tivesse que expulsar alguém seria o Gaucho, nosso quarto zagueiro. Ele saiu batendo em todo mundo. O Manga tentou segurar ele, ele "sentou" a mão no Manga, e os caras se enfiaram para dentro do vestiário e não retornaram, e o juiz acabou o jogo... foi abandono. O jogo tinha trinta minutos do primeiro tempo. Acho que o juiz pra não prejudicar o Santo André escreveu que expulsou quatro jogadores do time deles. Mas os caras não voltaram."

Jogo Inaugural Bruno Jose Daniel
Enir participou também do primeiro jogo da história do Estádio Bruno José Daniel no dia 14 de dezembro de 1969, quando o time encarou o Palmeiras, perdendo por quatro a zero. O Santo André Futebol Clube formou com Clóvis; Luisinho, Juba (Jandaia), Cite e Shell (Alberto); Moacir (Mário) e Enir, Roney, Sapito e Stefano (Marco Antonio). 

Para esse jogo, o time Andreense foi formado as pressas e contou quase na totalidade por jogadores amadores, o que acabou fazendo com que o Palmeiras facilmente chegasse a vitória. A construção do Estádio Municipal na época poderia fazer com que a equipe Andreense pudesse disputar a primeira divisão (segundo nível) do Estadual, pois um dos critérios de participação no campeonato era a capacidade do estádio.

Enir ainda em uma entrevista destacou o time Andreense na época do seu surgimento em uma entrevista em 2010, ouça!



Enir
Jogador técnico, meia de ligação, gostava de ter a bola nos pés e tinha o gol como seu objetivo. Para ele, o futebol era simples... um pouco de conversa regado a cerveja e ele nos deliciava com as histórias do Ramalhão. Enir participou também do primeiro amistoso internacional do caçula Andreense, como o time era chamado pelo News Seller (precursor do Diário do Grande ABC) na época. O Ramalhão enfrentou a seleção do Congo e venceu o jogo pelo placar mínimo (1 a 0).

Esse foi Enir Ghirelli... Se não foi um ídolo máximo do time Andreense foi um dos responsáveis pela formação desse time, que soube honrar durante todo o tempo que jogou aqui e está eternamente na lembrança do Santo André, por ser o autor do primeiro gol do Ramalhão.

Descanse em paz amigo... 

Marcelo Alves Bellotti

quarta-feira, 3 de dezembro de 2014

Copa São Paulo - FPF define tabela da competição


A Federação Paulista de futebol divulgou a tabela da 46ª Copa São Paulo de Futebol Juniores na  sua edição de 2015. O Ramalhão que figura no grupo Z que terá sua sede na Capital, jogará no Estádio Conde Rodolfo Crespi, na Rua Javari, em São Paulo.


A estréia será realizada no dia quatro de janeiro, um domingo, as 16 horas contra o Figueirense, o segundo jogo será dia 07 de Janeiro, uma quarta-feira contra o Juventus, as 14 horas. o último jogo será dia 10 de Janeiro, um sábado, as 14 horas contra o Tarumã.

Esse ano não há previsão para transmissão de nenhum jogo pela TV. Por outro lado, dois jogos serão disputados em finais de semana, o que possibilita a presença do torcedor ramalhino.

Lembrando o regulamento da competição, o primeiro colocado tem a classificação direta para a segunda fase, mais os seis melhores segundo colocados.


FPF e Ramalhão definem A2 de 2015

A Federação Paulista de Futebol definiu a tabela da série A2 de 2015. O campeonato começa no dia 31 de Janeiro e termina no dia 03 de maio. Será uma maratona de 19 jogos disputados em 92 dias (1 jogo a cada 4 dias). 

No torneio estadual, constam 4 equipes que dispurtam torneios nacionais (Campeonato Brasileiro) e que portanto tem calendário definido a partir de maio. O Oeste disputa a série B, o Guaratinguetá e o Guarani disputam a série C e o São Caetano disputa a série D. Os demais clubes não estão no cenário nacional e depois dessa maratona, não disputarão nenhuma competição além da Copa Paulista, o que possibilitaria um calendário mais racional.

Um detalhe interessante no regulamento desse ano fala da inscrição de atletas. Cada equipe deve enviar a FPF uma relação de 25 atletas e 3 goleiros. Essa relação poderá somente ser complementada (e não alterada). No parágrafo seguinte a FPF decreta: "O atleta somente poderá ser inscrito por um único clube participante do Campeonato Paulista de Futebol Profissional da Pirmeira Divisão de 2015, independente da série de disputa". Ou seja, um atleta liberado de um clube no Paulistão não poderá se transferir para outro clube, seja da A1, A2 ou A3, como fez o Makanaki no início do ano, quando foi liberado pelo Santo André para atuar no São Bento, por exemplo.

Há ainda a cláusula de Fair Play financeiro que tira 3 pontos da equipe pelo não pagamento de salário em um prazo superior a 15 dias. Fixa o preço do ingresso em R$20,00 e define que serão enviados aos clubes 70 bolas gratuitamente. 

A distribuição financeira para o campeonato continua cruel. Os quatro clubes grandes receberão R$20 milhões para disputa do campeonato da série A1. Os 16 clubes restantes receberão R$3 milhões de reais. Na série A2, cada clube receberá R$140 mil  e na série A3 o valor é de R$85 mil.

O Santo André define a renovação do contrato do técnico campeão Ivan Izzo para depois definir a estratégia de chegada de reforços para a disputa do campeonato. A tabela prevê a estréia do Ramalhão no dia 01/02 contra o Água Santa de Diadema.

terça-feira, 2 de dezembro de 2014

BI - CAMPEÃO!!!

Em um jogo marcado pela chuva, o santo André se sagrou bi-campeão da Copa Paulista. O time Andreense comandado pelo técnico Ivan Izzo chegou ao título após noventa minutos de não-futebol jogados em Ribeirão Preto.

O estádio Santa Cruz não resistiu a chuva intensa do domingo e não tivemos um jogo de um nível melhor devido as condições do Estádio. Porém prevaleceu a maior experiência do time do Ramalhão, que soube levar o jogo e chegou ao seu gol após um escanteio em que Luiz Matheus subiu afrente do outro zagueiro Andreense Jonas e fez o gol. A TV anunciou gol de Jonas, logo depois corrigiu para o zagueiro Andreense.

Depois do final do jogo, título garantido foi a hora de lembrar das dificuldades da campanha. Neto lembrou dos momentos ruins principalmente após a derrota "em casa" no Anacleto contra o Rio Branco, que quase significou a desclassificação. Neto ressaltou isso no papo com a Rede Vida.


No final, fica uma ótima preparação para o campeonato Paulista da A2 e o resgate do orgulho de ser Andreense. Aliás, a torcida foi um caso a parte! Sempre apaixonados, compareceram em todos os jogos e foram muito importantes na caminhada e principalmente na identificação dos jogadores com o time.

Parabéns ao glorioso Esporte Clube Santo André, legítimo campeão do da Copa Paulista 2014


Marcelo Alves Bellotti