Mostrando postagens com marcador Campeonato Brasileiro. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Campeonato Brasileiro. Mostrar todas as postagens

terça-feira, 21 de fevereiro de 2017

Santo André homenageia Fernandinho

O Santo André se diferencia nesse ano de 2017, em que completa 50 anos de existência pelas homenagens aos seus ídolos. Desta vez as honras foram para Fernandinho, volante do time que jogou de 1974 a 1981.

Fernandinho conquistou os títulos da Primeira Divisão do Campeonato Paulista em 1975 e em 1981 e fez parte do grupo apelidado de baixinhos frenéticos junto de nomes como Arnaldinho, Bona e Da Silva, que ficou marcado pelo vice-campeonato paulista de 1979.

Fernandinho recebeu das mãos do vice-presidente, Sydnei Riquetto uma camisa do Ramalhão, falou da importância do Esporte Clube Santo André em sua vida e foi aplaudido pelo torcedor que estava no Bruno José Daniel.

Fernandinho deu uma entrevista aos Ramalhonautas em 2010 e falou sobre a passagem pelo Santo André... confira!

1- Como foi que você veio para o Santo André?
Eu jogava no Parque da Mooca fazendo amistosos quando o Élcio e o Pedrinho me observaram, eu treinava no Juventus, aí eu vim passar à tarde com eles aqui e eles me convenceram a treinar no clube. Acabei ficando e jogando vários anos nesse clube. Quem me trouxe aqui foi o Pedrinho e o Élcio.

2- Em que ano?
Em 1974. Eu fiquei até 1981, acho que fui um dois jogadores que mais tempo ficou no clube, mesmo saindo e voltando. Fui ao XV de Piracicaba, voltei, depois fui pro Velo (Velo Clube, de Rio Claro) e voltei, joguei no Marília, fui campeão quando não tinha acesso, como em 1975, depois o Wigand conseguiu reunir os clubes e fazer a Lei do Acesso, depois subi com o time em 1981. Foi muito legal a minha passagem aqui pelo clube.

3- Você foi o único jogador que ganhou os dois títulos jogando, em 1975 e 1981?
Sim como jogador sim. Naquela época, em 1981 o Aurélio Loureiro Bastos era auxiliar e o Sebastião Lapola era o treinador. Mas o Aurélio já havia sido meu treinador, em 1975. Aliás, ele também foi o meu padrinho de casamento, era um senhor que era mais que um técnico, era um pai pra gente, era um amor de pessoa.

Após o término da sua carreira, Fernandinho sempre se ligou ao Esporte Clube Santo André. Coordenou as categorias sub 11 e sub 13, formando vários  jogadores para a base do time. Uma justa homenagem a quem tanto se dedicou ao time do Ramalhão.

terça-feira, 20 de maio de 2014

Heróis de 2004 - Tassio... Ídolo e treinador

Ontem foi aniversário de Tassio Ferreira, ídolo formado nas categorias de base do Santo André. Tassio brilhou no início da carreira no Santo André e fez história por aqui. Em 2003, ainda na base, formou um time que foi campeão da Copa São Paulo de Futebol Juniores, em uma final inesquecível contra o Palmeiras no Pacaembu tomado pela torcida adversária.


Tassio lembra com carinho desse grupo. Em entrevista dada ao Futebol Interior, destacou: “Acho que a nossa grande virtude, é que éramos amigos e somos até hoje. Tinha cumplicidade dentro e fora de campo, portanto, foi o melhor grupo que trabalhei, tanto no profissional, quanto nos juniores”


Desse elenco, subiram 11 atletas que seguiram um ciclo vencedor na equipe Andreense. Veio então a Copa FPF e o Brasileirão da série C. Tassio brilhou em ambos. Na partida final contra o Campinense, muito conturbada pelo clima criado por Luiz Carlos Ferreira, Tassio marcou o gol de empate e ajudou o Santo André a conquistar o acesso a série B.


Na Copa FPF Tassio também teve participação decisiva, marcando o quarto gol no jogo final que decretou o título Andreense na vitória por 4 a 1 contra a equipe do Ituano.


A consagração e a condição de ídolo veio com as atuações pela Copa do Brasil em 2004. Sua participação foi decisiva, como sempre foi no time Andreense, para a classificação do time Andreense para a semi-final. Jogando no Parque Antártica contra o Palmeiras (novamente o Palmeiras), o meia marcou o gol de empate por 4 a 4 que eliminou o time da capital. 

Após a Copa do Brasil, o meia teve problemas na carreira, perambulou em vários times por aí e não emplacou na carreira. Em entrevista ao Diário do Grande ABC, declarou: "Houve um desentendimento comigo. Queria ir embora do Santo André. Reconheço que não tive como suportar aquela badalação. O começo da fama - eu pensava assim - me atrapalhava. Como eu era novo, 20, 21 anos, a gente se acha. Pensa que é tudo. Faltou quem me aconselhasse."

Agora, renovado, com 32 anos, Tassio inicia uma nova vida. Aceitou um convite de Ari Mantovani e iniciou uma nova fase na sua carreira, como técnico da equipe sub 17 do Ramalhão.  “O meu agradecimento é para o Ari Mantovani (diretor da base) que acreditou nessa minha volta. Possuo no Santo André momentos de glórias e outros ruins, por ser jovem na época, mas tenho certeza que são as conquistas que prevalecem”

Pode ter certeza, Tassio... os bons momentos e as conquistas superam qualquer momento ruim passado por aqui. foram momentos de glória que o identificam como um herói Ramalhino. Marcando gols sempre em momentos decisivos o colocam na condição de ídolo eterno. São dois títulos e um acesso na carreira pelo Santo André. 

Parabéns Tassio... Ídolo eterno e treinador do sub 17 do Esporte Clube Santo André!

Marcelo Alves Bellotti

quarta-feira, 2 de abril de 2014

1984... Um ano inesquecível

Existem algumas temporadas que não saem da memória do torcedor andreense. Uma delas foi a de 1984. O time vinha de um acesso em 1981 e de uma ótima campanha de 1983, que o classificou para a Copa de Ouro, então divisão de elite do futebol brasileiro.

O Brasileiro trouxe confrontos com equipes tradicionais como o Coritiba e o então campeão do mundo, o Grêmio de Renato Gaúcho. O time do Santo André contava com a experiência do goleiro Tonho e com muita gente boa, de ótimo futebol e querendo impressionar na Elite, como Marcos Cidade, Marajó, Élcio, Rotta, Arnaldo, entre outros. Todos comandados por Jair Picerni. A campanha rendeu ao técnico uma vaga na seleção brasileira olímpica. Então em junho de 84, para auxiliar a preparação da seleção brasileira, foi realizado no estádio do Morumbi o jogo Brasil 3x3 Santo André.

Mas o jogo mais marcante dessa temporada com certeza foi o jogo realizado contra o Grêmio, no estádio Olímpico. O time Gaucho vinha embalado da conquista do Mundial um ano antes, estava com o ramalhão "engasgado" com a derrota ocorrida no Bruno José Daniel quinze dias antes , e foi pra cima do Ramalhão. Aos 30 minutos do primeiro tempo o placar mostrava 2 a 0 para o time Gaúcho, gols de Renato e Tarcisio. Arnaldo diminuiu para o Ramalhão. O Grêmio chegou ao terceiro gol novamente com Tarciso. Marajó novamente diminuiu. Neto marcou contra e tudo parecia definido para o time Gaúcho.

Então, na base de muita raça, amor à camisa e heroísmo, o Santo André mostrou a sua força e se lançou ao ataque. Jaime Boni marcou o terceiro gol Andreense e no apagar das luzes, Esquerdinha decretou números finais ao jogo. Os jornais da época destacavam a valentia e a ousadia do time Andreense, enfrentando o Campeão Mundial diante de sua própria torcida. Aliás, torcida gremista que se levantou e aplaudiu o golaço de Esquerdinha, que aos 45 minutos do segundo tempo decretava o empate, reconhecendo neste gesto,  a fibra e a capacidade do time Andreense.

O Santo Andre jogou nesse dia (15/02/1984) com Tonho, Marcos, Marajó, Neto e Jaime Boni; Élcio (Soni), Arnaldo e Rotta; Barbosa, Jones (Gerson Lopes) e Esquerdinha.

*** Esse texto foi feito especialmente para o Zine do amigo Maurico Noznica.

Marcelo Alves Bellotti

sexta-feira, 27 de setembro de 2013

Manifesto Ramalhino

Convoco os ramalhinos ilustres a se unirem nesse manifesto! Não se trata de nenhuma crítica aos jogadores que fizeram o manifesto contra o calendário, de maneira organizada para defender assunto do seu interesse.

Nesse momento, que podemos classificar como um marco no futebol nacional, vejo esse movimento extremamente elitista que visa unica e exclusivamente a retirada dos times da primeira divisão dos campeonatos estaduais. Sim, pois nesse manifesto, constam apenas dois jogadores de clubes da segunda divisão do campeonato brasileiro (ambos do Paraná Clube). O zagueiro Anderson (que já jogou por aqui) e o meia Lucio Flavio.

Voltando ao manifesto Ramalhino, convido aos torcedores Ramalhinos a apreciarem o calendário a que o Esporte Clube Santo André foi submetido em 2013.

O time Andreense foi rebaixado para a série D em 2012, sendo que disputou a sua última partida no ano no dia 27/10/2012, contra o Macaé. Por problemas internos, o clube ficou paralisado após o anúncio da SAGED e começou a preparação para o ano apenas em Janeiro. O campeonato paulista da série A2 teve o seu início em 23/01/2013, quase três meses depois do encerramento da temporada.

No período correspondido entre 23 de Janeiro e 31 de Março de 2013, ou seja, em 67 dias o time jogou 19 partidas. Isso quer dizer que na média o time disputou uma partida a cada quatro dias. 

Após essa maratona maluca de jogos, o time iniciou a disputa da Copa do Brasil no dia 03/04/2013, três dias depois do final da primeira fase da A2, contra o Veranópolis. O time terminou a participação na Copa do Brasil dia 15/05/2013, ou seja, 43 dias depois disputando somente 4 jogos nesse período.

O Campeonato Brasileiro da Série D teve somente dia 01/06/2013, 17 dias depois. A participação do time Andreense durou 99 dias. A eliminação veio no dia 08/09/2013, com a derrota para o Metropolitano.

Ainda temos também a Copa Paulista, com 12 jogos no período de 14/07 a 07/09/2013 (55 dias).

No total, o time Andreense disputou 45 jogos em 2013. O número por sí só é perfeitamente aceitável, mas demosntra o extremo desequilíbrio a qual as equipes brasileiras estão expostas. No Paulistão, jogamos a cada 4 dias, no Brasileirão, jogamos 10 jogos em 100 dias. Não fosse a Copa do Brasil, teríamos um inervalo de 62 dias entre o fim do Paulista e início do Brasileiro. Estamos em setembro de 2013 e o time só retorna aos gramados em 2014. Que calendário é esse?

A entidade maior do futebol, juntamente com as TVs, os jogadores, técnicos e dirigentes precisam chegar a um acordo. Se o time não jogar, como podemos ter futebol? Como manter o time no profissionalismo se em setembro já acabou o ano? Por que a os campeonatos da série A são arrastados e os da série C são de tiro curto? A quem isso favorece?

Quando coloco isso um Manifesto Ramalhino, sei que isso não é um manifesto, apenas um convite a reflexão! O calendário deve ser discutido sim, mas não somente pela elite! A mudança deve ser pensada e realizada em todos os níveis do futebol, por se tratar de assunto de interesse nacional. 

Temos que ter cautela ao analisar que pouco mais de 20 clubes representam os mais de 29 mil clubes existentes no país, bem como um grupo de 75 atletas de clubes de elite decidam por 2,1 milhões de jogadores registrados, espalhados por esse país. Corremos um risco, caso a discussão não seja ampliada, das decisões elitizadas prejudiquem ainda mais os clubes de menor porte, que fazem mágica para manter elencos e times competitivos.

Somente uma discussão ampla pode equalizar o calendário, de modo a atender os anseios dos clubes, das TVs, dos jogadores e principalmente dos torcedores. Afinal, o futebol só é praticado profissonalmente e movimenta todo esses valores porque existem pessoas que pagam para assistí-lo. As discussões devem sim também atender o anseio dos torcedores.

Amigos Ramalhinos... vamos à luta. Por um calendário decente! Não precisamos que nos favoreçam, mas também não podemos deixar que nos prejudiquem. 

Democraticamente, a discussão deve ouvir todas as partes, em todas as divisões em todos os espaços! Caso contrário... o futebol sem breve será somente feito para quem tem uma TV.

Marcelo Alves Bellotti